terça-feira, setembro 23, 2008

COMPUTADORES PARA ALUNOS

O primeiro-ministro anunciou hoje, em Matosinhos, o alargamento do programa governamental de acesso a computadores e Internet aos alunos do 5º e 6º anos de escolaridade.

Segundo José Sócrates, os alunos podem optar pelo "Magalhães", disponível desde hoje para os alunos do 1º ao 4º ano de escolaridade, ou pelo programa e-escolas destinado aos alunos do 7º ao 12º anos de escolaridade.

"O dever de um Governo, hoje, já não é apenas proporcionar formalmente o direito à educação. O dever de um Governo é proporcionar uma boa educação. Foi por isso que avançámos com este projecto", disse José Sócrates.

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Factos:
1) o portátil só tem 12,5% de componentes fabricados em Portugal .
2) as escolas só têm 130 euros para dar aos alunos para material. Se não der conta certa na papelaria, têm de devolver a diferença (nem que seja 1 euro) .
3) os alunos universitários (licenciatura ou mestrado) têm de comprar o seu portátil porque ninguém lhes dá um .
4) os portáteis do e-escolas não trazem software educativo .
5) os portáteis do e-escolas têm o Panda Antivirus mas só é grátis por 2 meses (e é do arco da velha para o desinstalar depois) .
6) qualquer um desses portáteis usa componentes já descontinuados (ou seja, os restos que ninguém quer) .
7) a Intel tem um portátil idêntico para países do 3º Mundo (é tipo o "One laptop per child") .
8) Em Portugal, há escolas onde nesta altura não há profs e onde os alunos não têm material (onde estou, acontece isso) .
9) a maioria dos alunos do 5º e 6º ano não sabe muito mais do que jogar, ver coisas no Google ou fazer desenhos no Paint .
10) está provado que olhar para um computador não estimula a capacidade intelectual, mesmo que se esteja a jogar .
11) Todos os portáteis obrigam a um contrato de permanência na rede, que dava para comprar 2 portáteis novos.


No dia que o Governo distribui os primeiros 3000 computadores aos alunos do primeiro ciclo das escolas da primeira localidade, o presidente da Câmara de Sabrosa reclama, em declarações à Agência Lusa, o estatuto de terra-natal do navegador.

Por ouro lado, o Governo venezuelano está a ser fortemente criticado pela imprensa local por adquirir o portátil português Magalhães sem transferência tecnológica.

Em causa está a criação de uma empresa com capitais luso-venezuelanos para montar os equipamentos e a falta de apoio a uma empresa estatal do país.

Apesar de considerar a iniciativa de trazer o Magalhães para o país como sendo positiva, os meios de comunicação criticam o Governo de Hugo Chávez por, em vez de criar uma empresa nacional, optou por criar «outra empresa mista, com os portugueses, para montar este computador».

«Porque não se investiram as centenas de milhões que estão a utilizar para este acordo para potenciar a VIT (empresa Venezuelana de Indústrias Tecnológicas)?», questiona um dos principais jornais da Venezuela.




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